CEPHO

No último dia 04 de setembro, ocorreu mais um meeting híbrido do CEPHO. Ao longo de mais de uma hora, foram trocadas diversas informações e novidades em relação a imunoterapia no tratamento do Hepatocarcinoma, com a condução do Dr. Daniel Cubero (oncologista) e o Dr. Rogerio Alves (Gastro-Hepatologista). Confira alguns dos trechos mais importantes abordados durante o meeting.

Como a cirrose interfere no tratamento do tumor hepatológico?

O Dr. Rogerio Alves explica como a cirrose está diretamente ligada às possibilidades de tratamento do Carcinoma Hepatocelular:

“Costumo falar que esse é um dos tumores mais difíceis de se tratar que existe. Por que? Porque são duas doenças. A gente tem a cirrose, que em determinadas situações faz com que eu não consiga oferecer praticamente nada ao paciente, a não ser que ele seja submetido ao transplante de fígado e tem o tumor, que em boa parte das vezes, o que impossibilita que eu ofereça um bom tratamento para ele é a cirrose. Existem diversas opções de tratamento, mas, em muitos casos, a gente não pode fazer nada, pois a cirrose interfere, impossibilitando as ações médicas.”

Qual a incidência atual do Hepatocarcinoma?

Durante sua participação em nosso meeting, o Dr. Rogério Alves apresentou alguns dados globais que demonstram um crescimento alarmante de casos de Carcinoma Hepatocelular. Somente em 2020, mais de 900 mil pessoas foram diagnosticadas com câncer no fígado. Além disso, mais de 800 mil óbitos ocorreram a partir desta condição.

“Eu trato o CHC (Carcinoma Hepatocelular) desde 2002, então já são 22 anos, e a gente vê cada vez mais casos de CHC. Isso se dá, pois os pacientes estão conseguindo sobreviver à Cirrose. Contudo, em contrapartida, muitos deles têm o desenvolvimento do Carcinoma Hepatocelular. O que reflete muito na idade em que esse câncer mais incide, sendo geralmente em pacientes com idade mais avançada, com 80, 82 anos.

Dr. Rogerio Alves, médico Gastro-Hepatologista

Além disso, o Dr. Rogerio reforçou que nas últimas décadas houve uma redução nas taxas deste tipo de câncer em países que continham alto-risco. Enquanto, por outro lado, houve um aumento de incidência em localidades que antes eram consideradas de baixo-risco. O que demonstra a importância das ações de prevenção ao câncer.

Quando a imunoterapia pode funcionar no tratamento de Hepatocarcinoma?

Quando falamos em imunoterapia para o Carcinoma Hepatocelular, podemos definir que é fundamental entender para quais perfis este tipo de tratamento é indicado e quais os seus benefícios.

“Antes de inserir a imunoterapia como a primeira linha de tratamento, é importante entender que existem pacientes que não podem receber este tipo de terapia, sendo eles os pacientes que tiveram a progressão do tumor após a realização do transplante Hepático. A imunoterapia é um problema para eles.”

É o que explica o Dr. Daniel Cubero, oncologista e pesquisador do CEPHO.

Pensando nas possibilidades mais atuais de imunoterapia disponíveis para o tratamento desse tipo de tumor, podemos avaliar como principal ponto positivo a sobrevida dos pacientes. Dados mostram que hoje a probabilidade é de 25% dos pacientes estarem vivos 4 anos após o tratamento. Por outro lado, os tratamentos tradicionais, utilizados desde 2008 para o Hepatocarcinoma, possuem uma taxa de 15% de sobrevivência dos pacientes no mesmo período.

Como participar dos meetings CEPHO?

Atualmente, o CEPHO conta com uma agenda mensal com diversos meetings presenciais e híbridos. Para participar fique de olho em nossa agenda nas redes sociais e em nosso site.

Confira abaixo a nossa agenda completa de setembro e venha participar conosco:

Gostou do conteúdo? Não deixe de acompanhar o CEPHO em todas as redes sociais: InstagramFacebook e LinkedIn.

É profissional de saúde? Acesse nossa área exclusiva e cadastre-se em nossa newsletter!