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Terapia com células CAR-T: uma nova conquista da medicina personalizada para o tratamento do câncer

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Saiba tudo sobre o mais recente avanço da medicina personalizada e os benefícios da terapia para pacientes oncológicos

O câncer é uma das principais causas de morte no mundo. Embora muitos avanços tenham sido feitos no tratamento e prevenção da doença, ainda existem muitos casos que são difíceis de tratar ou curar com as terapias convencionais.

A terapia com células CAR-T é uma nova técnica que está sendo estudada como uma opção de tratamento para pacientes com cânceres avançados e refratários.

O processo de desenvolvimento da terapia com células CAR-T é complexo e exige uma equipe de especialistas em várias disciplinas, incluindo imunologia, biologia molecular, engenharia genética e oncologia. A técnica foi desenvolvida pelo imunologista de câncer Carl June e sua equipe na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e tem sido objeto de estudos clínicos em vários tipos de câncer.

Saiba tudo sobre a novidade da medicina personalizada abaixo.

O que são células CAR T?

O termo CAR em inglês representa o acrônimo de Chimeric Antigen Receptor, que em português significa Receptor Quimérico de Antígeno. A letra T é uma referência ao linfócito T, uma célula importante do sistema imunológico que é capaz de reconhecer antígenos presentes na superfície de células de agentes externos ou internos, como tumores e invasores infecciosos, produzindo anticorpos para combatê-los.

Quando essa célula passa por uma modificação genética, ela se torna uma célula CAR-T.

Como é feita a terapia por células CAR-T?

A terapia com células CAR-T envolve a modificação genética das células T do próprio paciente para torná-las capazes de reconhecer e atacar células cancerígenas. As células T são retiradas do paciente, geneticamente modificadas em laboratório para expressar um receptor de antígeno quimérico.

Depois que as células T são modificadas, elas são multiplicadas em laboratório até uma dose adequada para o peso do paciente e, em seguida, são infundidas de volta no mesmo. As células T modificadas agora têm a capacidade de reconhecer e atacar as células cancerígenas que expressam o antígeno-alvo.

Quais tipos de câncer podem ser tratados com a terapia com células CAR-T?

A terapia com células CAR-T tem sido estudada em vários tipos de câncer, incluindo leucemia linfoblástica aguda (LLA), linfoma de células B e mieloma múltiplo.

Em 2017, a FDA – agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos – aprovou a terapia com células CAR-T para o tratamento de LLA e linfoma de células B.

O tratamento com células CAR T teve uma taxa de resposta de cerca de 90% em pacientes com leucemia linfoblástica aguda de células B que anteriormente não tinham opções de tratamento disponíveis. Destes, aproximadamente 60% foram curados. No momento, as orientações aprovadas e em utilização no Brasil são destinadas a indivíduos que sofrem de linfoma difuso de grandes células B (uma forma de linfoma não Hodgkin) e leucemia linfoblástica aguda, ambas no contexto de recorrência ou resistência à terapia. Em breve, haverá também recomendações para pacientes diagnosticados com linfoma folicular (outra variante de linfoma não Hodgkin) e mieloma múltiplo.

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