O câncer de bexiga é uma doença que pode acometer tanto homens quanto mulheres, mas costuma aparecer preferencialmente em homens. Entenda.
O câncer de bexiga é uma doença que afeta tanto homens quanto mulheres, mas é mais comum entre o sexo masculino. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), entre os anos de 2020 e 2022, foram diagnosticados mais de 10.500 novos casos dessa doença. Isso equivale a aproximadamente 7 novos casos para cada 100 mil homens e quase 3 para cada 100 mil mulheres.
Essa diferença de incidência de câncer de bexiga entre os sexos sempre foi motivo de questionamento entre os pesquisadores, mas um estudo inovador realizado por especialistas do Cedars-Sinai Medical Center revelou algumas informações importantes. Continue lendo nosso artigo para conhecer mais sobre esse estudo e suas conclusões.
Maior incidência em homens
Um estudo realizado pelo Cedars-Sinai, publicado na revista Science Immunology, revelou que hormônios sexuais produzidos em maior quantidade nos homens parecem ter um impacto negativo na ação das células T CD8+ do sistema imunológico, que são responsáveis por atacar e destruir as células tumorais, contribuindo para o desenvolvimento de câncer de bexiga na população masculina.
Além dos fatores hormonais, existem outras variáveis que podem influenciar o desenvolvimento de câncer de bexiga em homens. Entre essas variáveis, destacam-se o tabagismo e a exposição aos compostos químicos no ambiente de trabalho, como em fábricas de couro, de plástico, tinturas e corantes.
Exposição ocupacional e ambiental
A exposição a certas substâncias químicas no ambiente de trabalho pode aumentar o risco de câncer de bexiga. Homens são mais comumente expostos a produtos químicos, como derivados de petróleo, tintas e solventes, em seus trabalhos, o que pode explicar a maior incidência da doença entre eles.
Estilo de vida
Hábitos de vida também podem afetar a incidência de câncer de bexiga. Fumar é o fator de risco mais conhecido para essa doença, e é mais comum entre homens do que mulheres. Mais de 90% dos pacientes com câncer de bexiga fumam ou já fumaram. Além disso, o consumo excessivo de álcool e uma dieta pobre em frutas e vegetais também aumentam o risco de desenvolvimento da doença.
A detecção precoce é fundamental para aumentar a probabilidade de cura do câncer de bexiga
A doença pode ser identificada através de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, especialmente em pacientes com sintomas sugestivos ou durante exames de rotina em indivíduos assintomáticos. Alguns pacientes com câncer de bexiga não apresentam sintomas e são diagnosticados incidentalmente durante exames de ultrassom. Por isso, é importante realizar exames periódicos para detectar precocemente a doença.
Quando há sintomas, eles são caracterizados por irritação, dor e presença de sangue durante a micção, além da necessidade frequente de urinar sem conseguir fazê-lo completamente. Para confirmar o diagnóstico, é necessário realizar a cistoscopia, um procedimento que permite a visualização das vias urinárias e a ressecção do tumor para análise. Isso permite determinar se o tumor é maligno e qual é o seu estadiamento ou grau de disseminação.
Existem diversas opções de tratamento para o câncer de bexiga, incluindo cirurgia, quimioterapia e radioterapia. O tratamento escolhido dependerá do estágio da doença e pode envolver uma combinação de técnicas.
Nós do CEPHO buscamos, todos os dias, contribuir para o avanço da medicina e para o desenvolvimento de novos medicamentos e tratamentos que sejam acessíveis a todos os pacientes oncológicos, permitindo assim que milhares de pessoas possam desfrutar de uma vida com mais saúde e qualidade.
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