O mês de novembro é marcado pela campanha Novembro Azul, que busca sensibilizar e quebrar tabus em torno do câncer de próstata, uma doença que afeta milhões de homens em todo o mundo. A conscientização é fundamental, pois o diagnóstico precoce pode aumentar significativamente as chances de cura. Neste artigo, vamos explorar a importância das pesquisas clínicas no combate ao câncer de próstata.
O câncer de próstata em números
O câncer de próstata é a segunda principal causa de óbitos entre os homens em todo o mundo, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a cada dia, 42 homens perdem suas vidas devido a essa doença, com mais de 68 mil casos estimados anualmente no Brasil.
Infelizmente, a falta de informação e o estigma em torno do câncer de próstata contribuem para o diagnóstico tardio. Uma pesquisa da Revista SAÚDE revelou que 35% dos homens acima de 50 anos nunca realizaram o exame de toque retal, e a mesma proporção evita visitar um urologista regularmente.
O papel fundamental das pesquisas clínicas
Em meio a esse cenário desafiador, as pesquisas clínicas desempenham um papel crucial na melhoria da qualidade de vida dos pacientes com câncer de próstata. Para muitos, a participação em estudos clínicos representa a oportunidade de acesso a tratamentos inovadores, que podem ser as melhores opções terapêuticas disponíveis para os seus casos específicos.
Esses estudos não apenas viabilizam tratamentos mais eficazes, mas também impulsionam o desenvolvimento de novos medicamentos e terapias para combater o câncer e melhorar o controle da doença.
Avanços no tratamento do câncer de próstata
O câncer de próstata é uma doença que afeta principalmente homens mais velhos, com cerca de 75% dos casos ocorrendo após os 65 anos. Para combater a doença e oferecer maiores perspectivas de cura para os pacientes, o uso da tecnologia vem sendo cada vez mais necessário. A urologia moderna, por exemplo, faz uso da robótica para aprimorar a remoção de tumores e o pós-operatório, garantindo um tratamento mais eficaz.
Além disso, a radioterapia, um tratamento com bons resultados, está evoluindo. O número de sessões para pacientes com tumores de próstata diminuiu significativamente, tornando o tratamento mais acessível e eficiente. Nos Estados Unidos, protocolos de radioterapia estereotáxica extracraniana (SBRT) já estão em prática, e em breve essa opção estará disponível para os pacientes.
Testes genéticos: uma abordagem preventiva
Os testes genéticos oferecem outra via importante para a prevenção e detecção precoce do câncer de próstata. A procura por esses exames está aumentando, permitindo identificar fatores de risco importantes. Em casos mais severos ou quando a doença se espalha para outras partes do corpo, é aconselhável realizar testes genéticos. Um exemplo é a proteína BRCA2, que atua na reparação de moléculas de DNA danificadas, reduzindo o risco de desenvolvimento de tumores. Quando o gene BRCA2 sofre mutações, aumenta a probabilidade de câncer em homens (próstata e pâncreas) e mulheres (mama e ovários). Esses testes são conduzidos usando amostras de sangue ou saliva e podem identificar os órgãos com maior risco de câncer, fornecendo orientações sobre exames preventivos mais adequados para o paciente e seus descendentes.
Nós do CEPHO buscamos, todos os dias, contribuir para o avanço da medicina e para o desenvolvimento de novos medicamentos e tratamentos que sejam acessíveis a todos os pacientes oncológicos, permitindo assim que milhares de pessoas possam desfrutar de uma vida com mais saúde e qualidade.
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