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Medicamento reduz em mais da metade o risco de morte de pacientes com câncer de pulmão

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O câncer de pulmão é uma das principais causas de mortalidade relacionada ao câncer em todo o mundo. Caracterizada pelo crescimento anormal e descontrolado de células malignas nos pulmões, essa doença agressiva afeta milhões de pessoas anualmente, tornando-se uma preocupação global para a saúde pública.

Existem dois principais tipos de câncer de pulmão: o carcinoma de células não pequenas e o carcinoma de células pequenas. O carcinoma de células não pequenas é o tipo mais comum e representa cerca de 85% de todos os casos de câncer de pulmão. Já o carcinoma de células pequenas é menos comum, mas tende a se espalhar mais rapidamente.

Novidades no tratamento do câncer de pulmão

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos apresentou uma nova promessa para o tratamento do câncer de pulmão em pacientes que já foram submetidos à cirurgia. Esse novo fármaco, denominado Osimertinibe, mostrou reduzir pela metade o risco de mortalidade nessas pessoas. Além disso, a medicação proporcionou uma taxa de sobrevida de cinco anos, beneficiando aproximadamente 88% dos voluntários envolvidos na pesquisa. Essa é uma descoberta relevante, considerando que o câncer de pulmão é uma das formas mais letais de câncer, resultando em cerca de 3 milhões de mortes por ano em todo o mundo.

A divulgação do estudo ocorreu durante a maior conferência anual de especialistas em câncer, realizada em Chicago pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco).

É importante esclarecer que nem todos os pacientes com câncer de pulmão serão elegíveis para o tratamento com Osimertinibe. Aqueles que se beneficiarão dessa terapia são os portadores do tipo específico de câncer de pulmão conhecido como adenocarcinoma, que apresentam uma mutação no gene EGFR (Receptor do Fator de Crescimento Epidérmico). O EGFR é uma proteína cujo gene sofre mutação durante o desenvolvimento do câncer de pulmão, e essa alteração molecular está presente em cerca de 25% dos pacientes com adenocarcinoma. Portanto, somente quando essa mutação é detectada por meio de exames, os médicos podem recomendar o tratamento com o medicamento.

É importante salientar que a descoberta do Osimertinibe não substitui a necessidade de cirurgia ou quimioterapia. Os tratamentos tradicionais ainda são válidos e fundamentais no combate ao câncer de pulmão.

Prevenção ainda é fundamental

O diagnóstico precoce do câncer de pulmão é um desafio, uma vez que, nos estágios iniciais, os pacientes geralmente não apresentam sintomas específicos da doença. Os sintomas que podem surgir, como emagrecimento, perda de apetite e perda de energia, são sutis e podem ser confundidos com problemas menos graves, como infecções respiratórias.

Portanto, é crucial que as pessoas prestem atenção contínua à sua saúde e tomem medidas preventivas. Recomendações gerais, como manter uma dieta saudável, praticar exercícios físicos regularmente, evitar o tabagismo e ter relações sexuais protegidas, são medidas que contribuem para a prevenção não apenas do câncer de pulmão, mas também de outras formas de câncer. A conscientização e os cuidados adequados podem fazer a diferença na detecção precoce e na luta contra o câncer de pulmão.

Nós do CEPHO buscamos, todos os dias, contribuir para o avanço da medicina e para o desenvolvimento de novos medicamentos e tratamentos que sejam acessíveis a todos os pacientes oncológicos, permitindo assim que milhares de pessoas possam desfrutar de uma vida com mais saúde e qualidade.

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