Tratamento do câncer de mama HER2 positivo e negativo: quais são as diferenças? 

O câncer de mama é uma das doenças mais comuns entre as mulheres e pode ser classificado de diferentes formas, dependendo das características moleculares do tumor. Um desses marcadores importantes é a proteína HER2, que influencia diretamente na forma como o tratamento será conduzido. Neste artigo, explicaremos as principais diferenças entre o tratamento do câncer de mama HER2 positivo e HER2 negativo. 

O que é HER2? 

HER2 (receptor do fator de crescimento epidérmico humano tipo 2) é uma proteína presente na superfície das células. Quando está em níveis elevados (HER2 positivo), ela estimula o crescimento e a multiplicação celular descontrolada, característica do câncer. Já nos casos HER2 negativo, o tumor não apresenta essa superexpressão, exigindo abordagens diferentes no tratamento. 

Câncer de mama HER2 positivo 

O câncer de mama HER2 positivo é mais agressivo e tende a crescer mais rápido. No entanto, com o avanço das terapias direcionadas, esse tipo de câncer se tornou tratável com mais precisão. Os tratamentos mais comuns incluem: 

1. Terapia-alvo (anti-HER2) 

• Trastuzumabe e Pertuzumabe são medicamentos que bloqueiam a ação do HER2, impedindo a multiplicação das células cancerosas. 

• Essas terapias são frequentemente combinadas com quimioterapia para aumentar a eficácia. 

2. Quimioterapia 
   A quimioterapia é utilizada tanto no início do tratamento quanto em casos avançados. Nos estágios iniciais, ela é usada junto com medicamentos anti-HER2 para reduzir o tumor e prevenir recorrências. 

3. Imunoterapia 
   Em alguns casos, a imunoterapia pode ser associada ao tratamento para estimular o sistema imunológico a combater o câncer. 

Esse tipo de tratamento tem mostrado resultados bastante positivos nos últimos anos, reduzindo a recorrência e aumentando a sobrevida dos pacientes. 

Câncer de mama HER2 negativo 

O câncer de mama HER2 negativo é dividido em duas subcategorias: hormônio-dependente (receptor de estrogênio e/ou progesterona positivo) e triplo-negativo (ausente de HER2 e receptores hormonais). O tratamento varia de acordo com essas características: 

1. Terapia hormonal 

• Nos casos em que o tumor é hormônio-dependente, medicamentos como tamoxifeno e inibidores de aromatase são usados para bloquear a ação dos hormônios femininos que estimulam o crescimento tumoral. 

2. Quimioterapia 

• Tumores triplo-negativos são tratados principalmente com quimioterapia, pois não respondem às terapias-alvo ou hormonais. Esse tipo de câncer tende a ser mais agressivo e de difícil tratamento. 

3. Imunoterapia 

• Para alguns tipos de câncer de mama triplo-negativo, a imunoterapia tem se mostrado uma alternativa promissora, ajudando o organismo a reconhecer e destruir células cancerosas. 

Gostou do conteúdo? Não deixe de acompanhar o CEPHO em todas as redes sociais: Instagram, Facebook e LinkedIn. 

É profissional de saúde? Acesse nossa área exclusiva e cadastre-se em nossa newsletter!