O câncer nasofaríngeo, embora raro, é um tipo de câncer que se origina na nasofaringe, localizada na parte superior da garganta atrás do nariz. Apesar de sua raridade, o câncer nasofaríngeo apresenta características que o tornam particularmente perigoso, exigindo atenção e conhecimento para o diagnóstico precoce e tratamento eficaz.
Sintomas sutis e atraso no diagnóstico
Um dos aspectos mais desafiadores do câncer nasofaríngeo é a sua apresentação inicial com sintomas sutis e inespecíficos, como sangramento nasal, congestão nasal, dor de ouvido e zumbido. Esses sintomas podem ser facilmente confundidos com outras condições, atrasando o diagnóstico e permitindo que o tumor se desenvolva.
Localização escondida e crescimento invasivo
A nasofaringe, por sua localização profunda e inacessível à visualização direta, dificulta a detecção precoce do tumor. Além disso, o câncer nasofaríngeo tem a tendência de crescer de forma invasiva, infiltrando-se em estruturas adjacentes como os gânglios linfáticos, cavidades nasais e base do crânio, o que torna a cirurgia mais complexa e aumenta o risco de metástases.
Alta propensão à metástase
O câncer nasofaríngeo apresenta uma alta propensão à metástase, ou seja, à disseminação para outras partes do corpo através da corrente sanguínea ou linfática. Os locais mais comuns de metástase incluem os gânglios linfáticos do pescoço, fígado, pulmões e ossos. Essa característica torna o tratamento mais desafiador e reduz as chances de cura.
Associação com o vírus epstein-barr
O vírus Epstein-Barr (EBV) está fortemente associado ao desenvolvimento do câncer nasofaríngeo. Cerca de 90% dos casos de câncer nasofaríngeo em todo o mundo estão relacionados à infecção pelo EBV. Esse vírus aumenta o risco de desenvolver o câncer, especialmente em indivíduos com histórico familiar da doença ou outras predisposições genéticas.
Resistência à radioterapia e quimioterapia
O câncer nasofaríngeo pode ser resistente à radioterapia e quimioterapia, os pilares do tratamento tradicional para tumores malignos. Essa resistência torna o tratamento mais complexo e exige a busca por alternativas terapêuticas, como a terapia-alvo e a imunoterapia, que ainda estão em desenvolvimento.
Fatores de risco e prevenção
Embora as causas exatas do câncer nasofaríngeo ainda sejam investigadas, alguns fatores de risco estão associados à doença, como:
- Infecção pelo vírus Epstein-Barr (EBV): A principal causa do câncer nasofaríngeo.
- Histórico familiar: Indivíduos com familiares com câncer nasofaríngeo apresentam maior risco de desenvolver a doença.
- Exposição a carcinógenos: Tabagismo, consumo excessivo de álcool e exposição a certos produtos químicos podem aumentar o risco.
- Etnia: Indivíduos do sul da China, sudeste Asiático e povos indígenas do Alasca apresentam maior incidência.
A prevenção do câncer nasofaríngeo é complexa devido à multicausalidade da doença. No entanto, algumas medidas podem ser tomadas para reduzir o risco, como:
- Evitar a infecção pelo EBV: Praticar boas medidas de higiene, como lavar as mãos frequentemente e evitar contato com saliva de pessoas infectadas.
- Não fumar: O tabagismo é um dos principais fatores de risco para diversos tipos de câncer, incluindo o nasofaríngeo.
- Moderar o consumo de álcool: O consumo excessivo de álcool está associado ao aumento do risco de câncer nasofaríngeo.
- Manter uma dieta saudável: Uma dieta rica em frutas, legumes e verduras pode ajudar a reduzir o risco de diversos tipos de câncer.
- Consultas médicas regulares: Consultas regulares com um médico podem possibilitar a detecção precoce do câncer nasofaríngeo, aumentando as chances de cura.
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