Em 2020, o câncer de mama teve 2,26 milhões de novos casos diagnosticados no mundo, fato que fez dele o mais comum entre todas as formas da doença. Geralmente, o tipo com mais diagnósticos é o câncer de pulmão – já que o câncer de pele não-melanoma não entra na estatística.
O que aumenta a preocupação neste levantamento realizado pelo Global Cancer Observatory (GCO) é o fato de o câncer de mama ser um problema encontrado quase que exclusivamente em mulheres, diferente do que ocorre na doença quando desenvolvida no pulmão, que atinge pessoas de ambos os sexos.
Ou seja, um tipo que atinge uma camada mais específica da população mundial superou outro mais abrangente.
As explicações para isso são diversas. Obesidade e sedentarismo, por exemplo, são fatores que contribuem para o desenvolvimento do câncer de mama. Ao mesmo tempo, o mundo vê uma diminuição progressiva do tabagismo, hábito que é o principal causador do câncer de pulmão.
Outro ponto importante para o aumento de casos é o crescimento no número de mamografias realizadas, exame que identifica o câncer de mama. Mas este é um bom sinal, já que descobrir a doença logo no início é decisivo para diminuir os riscos de morte.
Porém, esse último fator não foi uma realidade em 2020. Houve uma redução de aproximadamente 85% nas realizações de mamografias, muito por conta do temor de frequentar um hospital ou clínica para realizar exames de rotina.
Uma importante arma de prevenção do câncer de mama é a pesquisa clínica. Por meio de estudos deste tipo é possível desenvolver novos tratamentos mais eficazes e menos agressivos para ajudar pacientes a superarem a doença.
A batalha contra qualquer tipo de câncer não é fácil, mas a busca constante pelo aperfeiçoamento dos tratamentos e pela descoberta de novos medicamentos é o caminho para diminuir o impacto dessa doença que impõe dificuldades para a vida de milhões de pessoas pelo mundo.