A pesquisa clínica pode trazer vários benefícios para a sociedade. Além da descoberta de informações sobre a eficácia de um medicamento ou tratamento avaliado, existe uma atração de recursos para o país e para as instituições envolvidas, que estimulam o desenvolvimento científico e promovem um aumento de acesso à saúde por meio do fortalecimento do sistema de saúde.
Outra questão é que as pesquisas podem promover também o aprimoramento de terapias que já existem, garantindo mais qualidade de vida para os pacientes ao reduzir reações adversas e/ou facilitar a adesão ao tratamento, implicando em descobertas inovadores, que podem trazer a esperança para a cura ou controle de doenças como o câncer.
De acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto IQVIA de Ciência de Dados Humanos e divulgada em 2019 pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), o Brasil caiu sete posições no ranking mundial da pesquisa clínica nos últimos 10 anos, mesmo sendo um dos países mais populosos do mundo.
Entre 2011 e 2018, o Brasil foi ultrapassado por países de menor PIB, população e mercado farmacêutico como a Dinamarca, Egito, Hungria, Irã, Israel, República Tcheca e Taiwan. Foi a maior perda de posições entre os 25 principais países no ranking global de pesquisa clínica.
Além disso, apesar do país estar entre as dez primeiras posições nos rankings de mercado farmacêutico, PIB e população, ocupamos o 24º lugar em participação de estudos clínicos.
E olha só! As duas áreas mais pesquisadas no mundo são oncologia (29%) e sistema nervoso central (17%), que juntas representam 42% de todos os estudos clínicos iniciados em 2019. Neste cenário, o desempenho do Brasil é ainda menor, no caso de oncologia, dos 3.128 estudos iniciados o Brasil participa de 59, o que representa 1,9% do total global.
Dificuldades enfrentadas pelo Brasil
Algumas dificuldades enfrentadas pelo país fazem com que a gente não desponte como grande protagonista. Um dos motivos principais motivos dessa posição desfavorável são o excesso de burocracias e os cortes nos recursos nas pesquisas científicas, fatores cruciais para o avanço no tratamento de pacientes. U melhor esclarecimento e definição de aspectos da regulação da pesquisa e agilidade no processo de avaliação dos estudos são outros pontos importantes.
Além disso, as instituições públicas de referência, que poderia contar com centros dedicados à pesquisa clínica como forma de captação de recursos e também da oferta de tratamento moderno e com potencial de impacto clínico, na maioria das vezes não tem estrutura física e de profissionais para receber os estudos.
Por fim, no âmbito acadêmico, existem também inúmeras preocupações relacionadas à falta de recursos financeiros, pois foram e vem sendo anunciados diversos cortes em bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado.
Vantagens da pesquisa clínica no Brasil
Apesar das adversidades, o país tem um potencial enorme para ser um protagonista na área de pesquisa clínica, pois possuímos uma relevância demográfica e econômica, além da diversidade étnica e o custo competitivo comparado a outros países.
Em termos econômicos, aqui é muito mais barato realizar estudo do que em outros países e, em questão de diversidade, temos um população heterogênea com uma enorme gama de genótipos, um fator crítico para alguns tipos de estudos e de alta relevância para a pesquisa clínica.
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