A quimioterapia é uma das principais formas de tratamento para o linfoma, uma categoria de câncer que afeta o sistema linfático. O sistema linfático é essencial para a defesa do organismo contra infecções, sendo composto por linfonodos, baço, timo, entre outros órgãos. Quando ocorre um linfoma, as células do sistema imunológico se proliferam de forma desordenada, comprometendo a função do organismo. Existem dois tipos principais de linfoma: o Linfoma de Hodgkin (LH) e o Linfoma não-Hodgkin (LNH), ambos tratados, em grande parte dos casos, com quimioterapia.
Como funciona a quimioterapia para linfoma?
A quimioterapia utiliza medicamentos que visam destruir as células cancerígenas ou impedir sua multiplicação. Esses medicamentos percorrem o organismo pela corrente sanguínea, alcançando não apenas os linfonodos afetados, mas também outras partes do corpo, o que é essencial para tratar o câncer disseminado.
Os medicamentos podem ser administrados por via intravenosa (diretamente na veia) ou oral (em comprimidos). Em alguns casos, a quimioterapia é combinada com outros tratamentos, como imunoterapia, radioterapia ou transplante de medula óssea.
Regimes comuns de quimioterapia
Os tratamentos para linfoma envolvem combinações de medicamentos, conhecidas como protocolos de quimioterapia. Alguns dos regimes mais utilizados são:
- CHOP: Ciclofosfamida, Doxorrubicina, Vincristina e Prednisona, usado principalmente para Linfomas não-Hodgkin.
- ABVD: Adriamicina, Bleomicina, Vinblastina e Dacarbazina, recomendado para Linfoma de Hodgkin.
O tipo de protocolo é definido com base no estágio do linfoma, idade do paciente e sua condição geral de saúde.
Ciclo de tratamento e duração
O tratamento ocorre em ciclos que alternam entre sessões de quimioterapia e períodos de descanso. A quantidade de ciclos depende da resposta do paciente, podendo variar de alguns meses a um ano. Durante o descanso, o corpo se recupera dos efeitos colaterais e os médicos avaliam a eficácia do tratamento.
Efeitos colaterais
Como a quimioterapia age em células de rápida multiplicação, tanto as cancerígenas quanto as saudáveis podem ser afetadas. Assim, efeitos colaterais são comuns e podem incluir:
- Náusea e vômito
- Queda de cabelo
- Fadiga
- Infecções devido à baixa imunidade
- Feridas na boca
Esses efeitos variam de pessoa para pessoa, e os médicos costumam prescrever medicamentos de suporte para amenizá-los.
Acompanhamento e resultados
Após cada ciclo de quimioterapia, o paciente passa por exames de imagem, como tomografia ou PET-CT, para avaliar a resposta ao tratamento. Se a quimioterapia for eficaz, é possível alcançar a remissão completa (quando não há mais sinais do linfoma) ou remissão parcial (redução significativa da doença).
Caso o linfoma não responda à quimioterapia inicial, outros tratamentos podem ser indicados, como transplante de células-tronco ou novas terapias-alvo.
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