CEPHO

Blog

O que é GIST?

Compartilhe:

Os Tumores Gastrointestinais Estromais, conhecidos como GISTs (Gastrointestinal Stromal Tumors), são um tipo raro de tumor que se desenvolve no trato gastrointestinal. Embora sejam raros, representando cerca de 1-3% de todos os tumores gastrointestinais, os GISTs são o tipo mais comum de sarcoma (tumores de tecidos moles) encontrado no trato digestivo. Entender o que são, como se desenvolvem, e como são tratados pode ser crucial para pacientes, familiares e profissionais de saúde.

O que é GIST?

Os GISTs se originam nas células intersticiais de Cajal (ICCs), que são células especializadas encontradas na parede do trato gastrointestinal. As ICCs atuam como “marcapassos” do sistema digestivo, ajudando a controlar a motilidade (movimento) do intestino. Quando essas células sofrem mutações genéticas, elas podem se transformar em tumores.

Causas e fatores de risco

A maioria dos GISTs está associada a mutações nos genes KIT ou PDGFRA, que codificam proteínas envolvidas no crescimento e divisão celular. Essas mutações levam à ativação descontrolada dessas proteínas, resultando no crescimento tumoral. Alguns fatores de risco incluem:

  • Idade: A maioria dos casos ocorre em pessoas com mais de 50 anos.
  • Genética: Em raros casos, GISTs podem ser herdados.
  • Doenças Hereditárias: Algumas síndromes genéticas, como a Síndrome de Carney-Stratakis, estão associadas ao desenvolvimento de GISTs.

Sintomas

Os sintomas dos GISTs podem variar dependendo da localização e do tamanho do tumor. Alguns sintomas comuns incluem:

  • Dor Abdominal: A dor pode ser vaga ou intensa, dependendo do tamanho e da localização do tumor.
  • Sangramento Gastrointestinal: Pode se manifestar como sangue nas fezes ou vômito com sangue.
  • Perda de Peso: A perda de apetite e a perda de peso não intencional são sintomas comuns.
  • Náusea e Vômito: Especialmente se o tumor estiver obstruindo o trato gastrointestinal.

Diagnóstico

O diagnóstico de GIST geralmente envolve uma combinação de exames de imagem e biópsias. Os métodos mais comuns incluem:

  • Tomografia Computadorizada (TC): Ajuda a visualizar o tamanho e a localização do tumor.
  • Ressonância Magnética (RM): Fornece imagens detalhadas dos tecidos moles.
  • Biópsia: A confirmação do diagnóstico é feita através da análise histológica do tecido tumoral.

Tratamento

O tratamento dos GISTs depende de vários fatores, incluindo o tamanho, localização, e se o tumor se espalhou (metastatizou). As opções de tratamento incluem:

  • Cirurgia: É a principal forma de tratamento para GISTs localizados. O objetivo é remover completamente o tumor.
  • Terapia Alvo: Medicamentos como o imatinibe (Gleevec) são eficazes para tratar GISTs que não podem ser removidos cirurgicamente ou que se espalharam. Eles funcionam bloqueando as proteínas anormais que promovem o crescimento do tumor.
  • Radioterapia e Quimioterapia: Geralmente não são eficazes para GISTs, mas podem ser consideradas em casos específicos.

Prognóstico

O prognóstico para pacientes com GIST varia amplamente. Tumores pequenos e localizados geralmente têm um bom prognóstico após a cirurgia. No entanto, GISTs que se espalharam ou que são resistentes à terapia alvo podem ser mais desafiadores de tratar. O acompanhamento regular e a detecção precoce são cruciais para melhorar os resultados a longo prazo.

Gostou do conteúdo? Não deixe de acompanhar o CEPHO em todas as redes sociais: InstagramFacebook e LinkedIn.

É profissional de saúde? Acesse nossa área exclusiva e cadastre-se em nossa newsletter!